Acredite ou não, um desenho conseguiu prever o futuro. Lançado em 1962, o seriado “Os Jetsons”, que mostrava as aventuras de uma família vivendo no ano de 2062, apresentou, em primeira mão, diversos aparelhos tecnológicos que usamos hoje, desde robôs que limpam a casa até chamadas de vídeo, tablets, assistentes pessoais e carros voadores.

ROBÔS Os robôs que limpam a casa já são realidade: basta programar e eles fazem tudo (Crédito:RainStar)

Quase tudo dependia de tecnologia, como agora. Assim sendo, é possível afirmar que nos tornamos seres high-tech como ‘Os Jetsons’ previram. Oscar Reis, especialista em comércio exterior, é a prova disso. Ele não vive sem seus apetrechos digitais. Por isso, desde o início da pandemia, trabalha em home office com seu computador, tablet, celular e smartwatch integrado com a Alexa, assistente virtual da Amazon, que o alerta das atividades diárias. “Sou totalmente futurista”. Ele reforça: “Quase tudo está integrado. Portanto, é preciso se adaptar”.

Tudo integrado

De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o setor cresceu 5,1% em 2020 e movimentou mais de R$ 144,52 bilhões, números que comprovam a paixão dos brasileiros por tecnologia. “A indústria lança conceitos para ver como as pessoas vão lidar com aquilo, se vão desejar os objetos”, diz o especialista em tecnologia e inovação Arthur Igreja. Sobre a influência do desenho, ele acredita que em breve os lares brasileiros serão totalmente integrados digitalmente. “A eficiência dos aparelhos chama atenção dos consumidores”, afirma.

COMUNICAÇÃO Via computador, George Jetson falava diariamente com seu chefe: reunião virtual (Crédito:Divulgação)

Com duas gatas e sem tempo para fazer faxina em seu apartamento, a especialista em tecnologia Victoria Morena da Silva descobriu as vantagens de um robô aspirador há um ano e hoje não vive sem ele. “Uso todos os dias. Como sou alérgica, me salva da poeira”, diz. A utilidade é o principal pré-requisito dos aparelhos. “Eu limpo um cômodo e o robô limpa outro. Me ajuda muito”, conta. É seguro dizer que daqui para frente a nossa realidade será cada vez mais parecida com a dos Jetsons. Como se vê, a vida imita a arte.