O técnico Dorival Júnior evitou comemorar o feito de ter alcançado neste sábado 100 vitórias no comando do Santos. Bastante cobrado pelos torcedores nos últimos jogos e ameaçado no cargo, ele tratou de rebater as críticas e prometeu “honradez” na Copa Libertadores.

Após a vitória por 2 a 0 sobre o Botafogo de Ribeirão Preto, neste sábado, pela sexta rodada do Campeonato Paulista, os pouco mais de 5 mil torcedores que compareceram à Vila Belmiro gritaram “não é mole não, Libertadores virou obrigação” – o Santos estreia na competição continental em 9 de março, contra o Sporting Cristal, do Peru, fora de casa.

“Obrigação é o Campeonato Paulista, competição que a gente disputa neste momento”, rebateu Dorival. “Tem a cobrança pela Libertadores, temos consciência… O torcedor pode ficar sossegado, que o time terá honradez e vibração para encarar tudo em qualquer situação, qualquer circunstância”, emendou.

O treinador aproveitou a centésima vitória à frente da equipe para pedir mais respeito ao seu trabalho. “Não lembro de uma vitória que não fosse convincente do Santos sob o meu comando. Isso (as críticas) é no futebol brasileiro, não só no Santos. Do dia para a noite você não tem mais valor. É lamentável. Essa é a cultura de um povo que não tem cultura”, esbravejou.

Na quinta-feira, membros de uma torcida organizada do Santos invadiram o CT Rei Pelé para cobrar os jogadores. O treinador evitou que os atletas falassem com o grupo e foi conversar com os torcedores.

“Não houve autorização para conversarem com os jogadores. Tivemos uma conversa de tranquilidade, dentro de um equilíbrio. O time vai se recompor daqui a pouco, voltar a uma calma, uma normalidade. Vamos fazer com que os resultados voltem a acontecer. É uma equipe digna de vestir essa camisa”, finalizou o treinador.