O ex-prefeito João Doria, candidato do PSDB a governador de São Paulo, vai colocar lenha na fogueira nos próximos debates. Vai dizer que, ao contrário dos seus concorrentes, não é político profissional e que não precisa do salário de governador para viver. Ele disse com exclusividade para ISTOÉ que vai abrir mão de seu salário de governador caso seja eleito, doando-a para uma entidade de assistência social, como fez no período em que foi prefeito paulistano. O governador ganha atualmente um salário bruto de R$ 22,3 mil por mês e Doria informa que não vai querer nem receber esse cheque, repassando-o para algum projeto social.

Quando era prefeito, Doria doou o primeiro salário, recebido em fevereiro, no valor líquido de R$ 17,9 mil, para a AACD (Assistência à Criança Deficiente). O sexto salário, recebido em julho, foi repassado para o Hospital Santa Marcelina. Ele ainda não decidiu para quem vai doar o salário de R$ 22,3 mil que receberá como governador já em janeiro caso seja eleito em outubro.

Doria diz que estuda também a adoção de um amplo projeto de corte de gastos no governo. Entre outras coisas, pensa em continuar morando em sua casa no Jardim Europa, reduzindo custos de manutenção com a ala residencial do Palácio dos Bandeirantes. Diz que são gestos associados ao seu plano de austeridade no governo. Quando foi prefeito, cortou carros com motoristas para secretários e aparelhos celulares para os principais assessores. No geral, em um ano cortou despesas em torno de R$ 100 milhões.