Pré-candidato ao governo de São Paulo, o prefeito João Doria (PSDB) minimizou nesta quarta-feira, 4, a saída de três deputados estaduais da legenda. Segundo o prefeito, a mudança “faz parte do jogo democrático” e a “legislação eleitoral permite ingressos e saídas”. Para contrapor, Doria destacou a entrada dos deputados estaduais Gilmar Gimenes e Márcio Camargo, na terça-feira, no partido.

“Ontem celebramos a entrada de dois deputados no PSDB, e muito provavelmente entre hoje e amanhã (ontem e hoje) teremos mais um deputado. A janela que aí existe é parte da democracia e a legislação eleitoral permite ingressos e saídas”, disse. “Aos que estão saindo, desejamos sucesso. Que continuem sua vida legislativa em outro partido. Aos que chegaram, as boas-vindas dentro do campo do PSDB.”

Doria, que deve deixar a Prefeitura no sábado, dia 7, já anunciou planos para a próxima semana, quando fará visitas ao interior para dialogar com prefeitos, vereadores e lideranças do PSDB e de outros partidos.

Com a renúncia do governador Geraldo Alckmin, prevista para sexta-feira, 6, para disputar a Presidência da República, também estão deixando o PSDB tucanos históricos que se alinharam ao vice, Márcio França (PSB), que assume o governo. Em outubro, França vai disputar a reeleição e terá Doria entre seus adversários.

A expectativa no PSDB é que ao menos cinco dos 19 deputados da bancada tucana mudem de sigla. Barros Munhoz deixa o PSDB após 15 anos, período no qual foi duas vezes presidente da Assembleia Legislativa e líder dos governos José Serra e Geraldo Alckmin. Além de Munhoz, a caminho do PSB, o Coronel Telhada vai para o PP.

Outro tucano histórico que deixou a sigla e se alinhou com França é o vereador da capital Mário Covas Neto. Filho do ex-governador Mário Covas e tio do futuro prefeito, Bruno Covas, ele vai disputar o Senado pelo Podemos e fazer campanha para França.

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Caciques

A campanha de Doria ao governo de São Paulo também não deve contar com o apoio de líderes históricos do PSDB que se tornaram desafetos do prefeito. É o caso do ex-senador José Aníbal e do ex-governador Alberto Goldman.

Segundo aliados, o senador José Serra também não demonstra entusiasmo com o candidatura de Doria. O principal “trunfo” do prefeito na velha guarda do partido hoje é o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes. O chanceler assinou a lista de apoio à candidatura de Doria nas prévias e deve apoiá-lo na campanha. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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