Por Eduardo Simões

SÃO PAULO (Reuters) – O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), mandou o Instituto Butantan, vinculado ao governo paulista, substituir as doses da vacina contra Covid-19 CoronaVac que foram interditadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária por terem sido produzidas em uma fábrica não credenciada pelo órgão regulador, informou a gestão estadual nesta terça-feira.

No início do mês, a Anvisa proibiu o uso de 12,1 milhões de doses da CoronaVac fabricadas em uma unidade da farmacêutica chinesa Sinovac que não foi inspecionada e não tinha certificação concedida pela agência brasileira. Na ocasião, o Butantan argumentou que foi o responsável por informar a Anvisa sobre o local de fabricação e que atestou a qualidade dos lotes recebidos.

De acordo com nota do governo de São Paulo, o Butantan encaminhará ao Ministério da Saúde na quarta-feira 6,9 milhões de doses da vacina envasadas pelo instituto após receber o insumo farmacêutico ativo (IFA) importado da China. Além disso, 5 milhões de doses prontas e produzidas em uma unidade da Sinovac inspecionada pela Anvisa devem chegar ao Estado na semana que vem.

“Não podemos ter doses bloqueadas em meio a uma pandemia. A população precisa de vacinas. Por isso, determinei ao Butantan o remanejamento de vacinas para suprir as que estão interditadas. Nós precisamos de celeridade. Por isso, as novas doses virão de fábricas vistoriadas pela Anvisa para pronta aplicação”, disse Doria, segundo a nota.

O comunicado afirma ainda que o Butantan seguirá trabalhando pela liberação das doses interditadas pela Anvisa.

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