O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), telefonou para a presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann, depois de receber uma carta denunciando um vídeo com ameaças ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As informações são do G1 e da Folha.

Em nota enviada à imprensa, Doria diz ter assistido ao vídeo com a ameaça a Lula e ter determinado a abertura imediata de investigação para apurar as ameaças.

“O governador determinou imediata investigação policial junto ao autor do vídeo que atenta contra a segurança e a integridade física do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva”, disse o Palácio dos Bandeirantes.

De acordo com o G1, a assessoria de imprensa do governador disse que ele “entende que não será à base de ameaças, agressões ou tiros que o brasil encontrará o caminho da paz, equilíbrio e respeito pela democracia e pelo contraditório”.

“A condenação da violência política é uma regra imutável da democracia”, disse Doria.

No vídeo de ameaça a Lula, um homem armado, vestindo uma camisa escrita “Brasil” e com uma bandeira nacional amarrada na altura da cintura, dá tiros em alvos improvisados em uma trave de futebol e xinga o ex-presidente de “filho da p*ta”.

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“Lula, seu filho da p*ta, eu quero dar um recado para você. Hoje é sábado, dia 13 de março, presta atenção no recado que eu vou dar para você, seu vagabundo: se você não devolver os R$ 84 bilhões que você roubou do fundo de pensão dos trabalhadores, você vai ter problema, hein, cara? Você vai ter problema”, diz o homem.

Ele continua: “Outro recado: não tenta transformar o meu país em uma Venezuela. Eu vou derramar meu sangue, mas eu vou lutar pelo meu país. Não tenta, tá entendendo o recado? Eu tô sendo claro com você? A minha parte eu vou fazer”, conclui.

Ameaça de morte a João Doria

No último dia 7, o governador João Doria também foi alvo de uma nova ameaça de morte. Após ter acesso ao conteúdo das ameaças, o governador encaminhou as mensagens aos seus advogados, que formalizaram a denúncia ao departamento de crimes cibernéticos da Polícia Civil.

O governador Doria lamentou o episódio: “A tática de tentar intimidar a mim e aos meus familiares não vai fazer com que eu desanime de continuar lutando, defendendo a ciência, salvando vidas e trabalhando pela vacinação de todos os brasileiros”, disse.


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