O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), aproveitou a participação em um evento, na noite desta segunda-feira, 2, para homenagear os nove mortos durante ação da Polícia Militar em um baile funk de Paraisópolis, na zona sul da capital paulista, na madrugada de domingo. O governador, entretanto, criticou o pré-julgamento dos acontecimentos e pediu mais apuração.

“Vou começar fazendo uma homenagem aos familiares das nove pessoas que infelizmente faleceram nessa tragédia. Aos seus familiares e amigos, a minha solidariedade”, disse, durante o prêmio Brasileiros do Ano, promovido pelas revistas IstoÉ e IstoÉ Dinheiro, em uma casa de shows em São Paulo. Doria foi premiado como o Brasileiro do Ano na Gestão Pública.

O governador disse que não quer “generalizar” sobre o ocorrido. “Quero registrar também que ao invés de generalizar, vamos investigar, apurar e punir. Jamais generalizar”, acrescentou. “Esse país já perdeu muito ao generalizar acusações, fatos e circunstâncias. O que a gente precisa nesse país é equilíbrio”, afirmou.

A ação da PM em Paraisópolis trouxe críticas de diversos outros premiados, como a deputada Tabata Amaral (PDT), o apresentador José Luiz Datena e a atriz Paolla Oliveira.

Doria evitou a entrada principal do evento, em meio a um pequeno protesto promovido por três mulheres, que carregavam cartazes com os dizeres “Doria genocida do ano” e “Dallagnol fascista do ano” – em referência ao procurador Deltan Dallagnol, também premiado.

Contatos: francisco.assis@estadao.com, cristian.favaro@estadao.com e flavia.alemi@estadao.com

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