27/08/2021 - 10:56
O pai do menino Arthur Oliveira dos Santos, de 2 anos, que morreu após ser esquecido pela cuidadora dentro do carro em Bauru (SP), classificou o caso como uma fatalidade. De acordo com Fabrício Lucas do Santos, a família tinha confiança na creche e o menino gostava de frequentar o local. As informações são do R7.
“[Arthur] até chorava para não ir embora. Eu buzinava, ele saía correndo. A gente jamais imaginaria que uma coisa dessas iria acontecer. [A família tinha] boas referências [da creche]. [A cuidadora era] pessoa de boa índole. Nunca tivemos o que reclamar. O Arthur nunca chegou em casa sujo ou com fome. Sempre foi bem tratado. Aconteceu essa fatalidade. Não tenho palavras”, lamentou em entrevista à Record TV.
Conforme o pai da criança, ele estava no trabalho quando soube do acidente com o filho e quando chegou no hospital a criança já estava morta. “É uma dor imensurável. Não tenho nem palavras. Não sei como vai ser daqui para frente. Espero que Deus conforte o nosso coração. Nunca vamos esquecer. Mas, Deus é bálsamo consolador. De verdade, estou com o coração arrebentado. Era um menino saudável. A gente espera, um dia, reencontrar ele no céu”, afirmou Fabrício.
Creche irregular
A cuidadora Glaucia Aparecida Luiz, de 35 anos, foi presa por homicídio com dolo eventual. Agora, ela aguarda audiência de custódia. De acordo com o G1, a defesa dela diz que entrará com pedido de liberdade provisória, pois “nunca houve a intenção de ocasionar tal resultado”.
Segundo a polícia, a mulher cuidava de cerca de dez crianças com a ajuda da filha, de 16 anos. O serviço era feito dentro da casa delas. No local, funcionaria uma creche irregular. Nas imagens gravadas em frente o imóvel da mulher, é possível ver que o menino Arthur estava no banco da frente do carro.
A impressão é que ele tentava abrir a porta e bater no vidro. De acordo com as autoridades, a criança ficou no veículo fechado das 13h45 às 16h51.
A cuidadora afirmou que tinha esquecido o filho do casal Fabrício Lucas do Santos e Karina Oliveira de Souza dos Santos por cerca de 15 minutos. Porém, nas imagens, é possível ver que o bebê ficou mais de três horas no carro.