Donos de restaurantes convocam marcha de Florença até Roma

FLORENÇA, 5 NOV (ANSA) – Quase 200 pessoas se reuniram nesta quarta-feira (4) na Ponte Vecchio, em Florença, para iniciar uma marcha organizada por donos de restaurantes na Itália. Com cartazes e faixas, os manifestantes vão a pé da capital da região da Toscana até Roma.   

O grupo fará o trajeto de quase 280 quilômetros para levar ao governo os pedidos das categorias mais afetadas pela pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) e pelo lockdown imposto para conter o avanço da doença, entre elas donos de restaurantes, camelôs, artesãos e taxistas.   

O protesto começou com um minuto de silêncio em memória a um comerciante que se suicidou no mês de agosto, em Florença, por estar preocupado com o futuro do seu estabelecimento.   

“Um minuto de silêncio para que o sacrifício de Luca na se perca”, disse Pasquale Naccari, porta-voz do grupo Ristoratori Toscana.   

Os participantes da marcha contra as novas medidas do governo para evitar o avanço da Covid-19 passarão pelas cidades de San Gimignano, Siena, San Quirico d’Orcia, Bolsena, Montefiascone, Viterbo, Sutri, La Storta e, finalmente, Roma, onde devem chegar no dia 13 de novembro.   

A partir de San Gimignano, o grupo seguirá pela via Francigena, a antiga rota de peregrinação da França a Roma.   

Entre as demandas dos manifestantes ao governo estão a suspensão de todos os impostos, o abatimento de aluguéis, o congelamento de despejos e um crédito fiscal proporcional à perda de volume de negócios.   

“Você está pensando em reeleger um governo assim? Você tem que ter cuidado em quem vota. A força somos nós. Não me interesso por política, nem pela direita e nem pela esquerda, mas quero partilhar com os meus colegas o momento difícil que estamos vivendo”, disse o famoso chef italiano Gianfranco Vissani, que está participando da marcha. (ANSA).