*Atenção: este texto trata de tópicos sensíveis, como depressão e suicídio. Em caso de pensamentos autodestrutivos, procure ajuda no CVV (Centro de Valorização da Vida), pelo telefone 188, ou pessoalmente nos postos de atendimento em todo o Brasil.

A Polícia Civil de Minas Gerais divulgou nesta quarta-feira, 6, que concluiu as investigações sobre o caso de suicídio de Jéssica Vitória Canedo, de 22 anos, após receber ataques por suposto affair com o humorista Whindersson Nunes. A corporação informou que a jovem forjou os prints sobre o caso e criou contas falsas para entrar em contato com as páginas de fofoca.

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Durante as investigações, o proprietário da “Choquei”, Raphael de Souza, teve de prestar depoimento à polícia, após a divulgação de fake news envolvendo o nome da jovem e do humorista.

Em entrevista à ISTOÉ, o advogado criminalista Rafael Valentini informou que o proprietário da página de fofoca não deve ser processado por nenhum crime. “É possível que seja indicado como testemunha em eventual processo criminal que venha a ser iniciado em decorrência destes fatos, como por exemplo em eventual ação penal contra a garota que foi indiciada por instigação ao suicídio”, acrescentou.

“Do ponto de vista cível, o proprietário da Choquei continuará exposto a uma ação indenizatória (ainda que em menor grau, diante dos resultados das investigações da Polícia), pois as regras de responsabilidade no âmbito cível e penal são distintas”, afirmou.

Após ter acesso ao celular de Jéssica, a polícia descobriu que havia partido dela a criação da história. Assim que o suposto affair viralizou nas redes sociais, Jéssica passou a receber ameaças e mensagens que incentivavam o suicídio, tanto que uma jovem, de 18 anos, foi indiciada por isso. De acordo com o advogado criminalista Rafael Paiva, a pena pode chegar a seis anos, caso a garota já fosse maior de idade na época dos fatos.

Agora que o inquérito foi finalizado, o caso deve ser submetido ao MP-MG (Ministério Público do Estado de Minas Gerais), que pode ou não oferecer uma denúncia.