Dono de Porsche envolvido em acidente que matou motociclista no Rio está foragido

A Polícia Civil do Rio segue procurando o influenciador digital Renan Rocha da Silva, de 24 anos, conhecido como Renan do Grau. Segundo a polícia, ele é o dono da Porsche Boxster que se envolveu em um acidente na rodovia BR-116, em Teresópolis, na Região Serrana do Rio, na madrugada da última quinta-feira, 1.

O lavrador Adilson de Lima Correa, de 47 anos, morreu. Um homem identificado como Pablo Gonçalves Pinto apresentou-se como motorista do veículo, mas a polícia suspeita que não era ele quem dirigia o carro, e sim o próprio Renan.

Ao Estadão, o advogado Eduardo Velith, que representa o influenciador, negou que Renan estivesse dirigindo o Porsche no momento do acidente. Afirmou também que “está estudando o melhor momento para ele se apresentar (à polícia)”. Questionado sobre onde Renan estava naquele momento, o defensor afirmou que “em momento oportuno, ele (Renan) vai esclarecer esses fatos”.

O advogado afirmou ainda que, “independentemente da autoria, tem outras circunstâncias do acidente que precisam ser esclarecidas: a velocidade do carro, porque um outro vídeo deixa claro que ela era compatível com o local do acidente”, e o fato de a motocicleta ficar parada enquanto não vem nenhum carro. “Quando o carro aponta, ela entra na frente do carro”, disse Velith.

Nesta segunda-feira, 5, a Polícia Civil informou que a investigação está em andamento. “Os agentes estão em busca de testemunhas e imagens para esclarecer as circunstâncias do fato”, afirma nota divulgada pela instituição.

O acidente ocorreu por volta de 0h40 do dia 1 no km 74 da rodovia, no bairro de Três Córregos. Correa estava de moto quando foi atingido pelo Porsche.

Renan já era procurado pela Polícia antes do acidente. Ele foi preso em 2022 e libertado com a condição de cumprir medidas cautelares, como não sair de casa após as 22h. Por descumprir essas medidas, no mesmo dia do acidente, o Ministério Público pediu a decretação de nova prisão de Renan, e esse pedido foi aceito pela Justiça. Desde então ele é considerado foragido.