01/02/2024 - 13:43
A Polícia Civil de Santa Catarina concluiu o inquérito das mortes dos jovens que morreram asfixiados por monóxido de carbono dentro de uma BMW em Balneário Camboriú (SC), no dia 1º de janeiro. O vazamento de gás ocorreu devido a uma modificação no carro feita em uma oficina de Aparecida de Goiânia (GO). O dono do estabelecimento que efetuou a customização, de 35 anos, e um funcionário, de 48, foram indiciados por homicídio culposo. As informações são do Bom Dia Santa Catarina.
+ SC: autoridades confirmam que jovens mortos em BMW sofreram asfixia por monóxido de carbono
Relembre o caso:
- Os quatro jovens, identificados como Tiago de Lima Ribeiro, de 21 anos, Gustavo Pereira Silveira Elias, de 24, Karla Aparecida dos Santos, de 19, e Nicolas Kovaleski, de 16, foram encontrados mortos dentro de uma BMW na rodoviária de Balneário Camboriú após a virada de ano;
- Os falecidos teriam ido ao local para buscar a namorada de um deles, mas ao passarem mal, decidiram descansar no veículo;
- O carro havia sido customizado e uma modificação causou o vazamento de monóxido de carbono, gás que substitui o oxigênio no sangue e gera morte devido à falta de ar nos órgãos;
- A quantidade do elemento identificada no carro chegou a mil ppm (partículas por milhão). O que pode levar a inconsciência e morte dentro de duas horas.
De acordo com a Polícia Civil, a modificação de downpipe, uma peça colocada no lugar do catalisador do veículo que traria maior potência ao carro, foi instalada de forma equivocada e gerou um vazamento de gás que consumia o interior do veículo por meio do ar condicionado. O automóvel original estava de acordo com as normas da BMW e a oficina responsável pela customização não tem qualquer relação com a empresa.
Duas pessoas foram indiciadas por homicídio culposo, sendo o dono da oficina, de 35 anos, por ter supervisionado a modificação do catalisador no estabelecimento, que fica localizado em Aparecida de Goiânia (GO), na região metropolitana da capital goianiense, e o funcionário que efetuou a troca, um homem de 48 anos que não possuía qualquer tipo de formação técnica. A conclusão foi encaminhada ao Ministério Público e ao Poder Judiciário.