Empresário e dono da varejista Havan, Luciano Hang está proibido de realizar atos políticos direcionados aos seus empregados. A determinação foi da Justiça do Trabalho em Santa Catarina. As informações são da Folha de S. Paulo.

Carlos Alberto Pereira de Castro, juiz responsável pela ordem, afirma que o empresário manteve uma “conduta flagrantemente amedrontadora” ao divulgar vídeos e também organizar eventos favoráveis ao candidato Jair Bolsonaro, do PSL. Ainda segundo a Folha, o magistrado teria comparado a prática de Hang ao “voto de cabresto”.

A decisão atende ao pedido do Ministério Público do Trabalho, que teria recebido 47 denúncias de empregados que foram ameaçados pelo patrão.

Hang divulgou vídeos nas redes sociais e também promoveu “atos cívicos” nas dependências de lojas da Havan. A empresa emprega atualmente cerca de 15 mil funcionários em todo País. Nessas ações, o empresário afirma que dependendo do resultado da eleição, poderá abrir mais lojas.

A decisão do juiz afirma que o direito de manifestação de Hang é livre, mas que há limites à sua expressão no ambiente de trabalho, principalmente por exercer uma relação de subordinação.

“Não cabe ao empregador, no ambiente de trabalho de seus empregados, promover atos políticos em favor ou desfavor de candidatos ou agremiações, fazendo-os de ‘claque’”, escreveu Castro.