Coluna: Coluna do Mazzini

Leandro Mazzini é colunista da revista Isto É. Começou a carreira jornalística em 1996. É graduado em Comunicação Social pela FACHA, do Rio de Janeiro, e pós-graduado em Ciência Política pela UnB. A partir de 2000, passou por ‘Jornal do Brasil’, ‘Agência Rio de Notícias’, ‘Correio do Brasil’, ‘Gazeta Mercantil’ e outros veículos. Assinou o Informe JB de 2007 a 2011, e também foi colunista da Gazeta. Entre 2009 e 2014 apresentou os programas ‘Frente a Frente’ e ‘Tribuna Independente’ (ao vivo) na REDEVIDA de Televisão, em rede, foi comentarista político do telejornal da Vida, na mesma emissora e foi comentarista da Rede Mais/Record TV em MG. Em 2011, lançou a ‘Coluna Esplanada’, reproduzida hoje em mais de 50 jornais de todas as capitais. Foi colunista dos portais ‘UOL’ e ‘iG’. Apresenta o programa de entrevistas "Líderes em Destaque" na Band Rio. Assina a coluna com equipe em Brasília, e correspondentes no Rio, Salvador e São Paulo.

Dona da passagem mais cara do Brasil, Azul dispara contra a Petrobras

Dona da passagem mais cara do Brasil, Azul dispara contra a Petrobras

Em meio à pressão do Ministério de Portos e Aeroportos por redução do preço das passagens aéreas, a Azul foi a primeira empresa de aviação a vir a público falar sobre o plano prometido para 20 de dezembro.

Ao ser questionado pela Folha sobre preços abusivos, o presidente da Azul, John Rodgerson, afirmou: “No terceiro trimestre perdi dinheiro. O país tem de colocar mais gente voando e, para isso, essa política da Petrobras precisa ser revista.”

Rodgerdson afirmou que “aqui os preços estão 30% acima da média mundial. Se a Petrobras não cobrasse da forma como vem cobrando seria possível que o querosene aqui fosse somente 9% mais caro do que no restante do mundo.”

E defendeu a redução dessa defasagem, na mesma linha do ministro Alexandre Silveira em seu embate com a Petrobras : “É isso o que o ministro Silveira vem tentando fazer na Petrobras. Já conversamos sobre isso também com o ministro Rui Costa (Casa Civil). Sem isso, fica difícil reduzir o preço das passagens. Isso não é bom para o Brasil e não é bom para as empresas, que sequer estão lucrando.”

A preocupação da companhia se justifica. Apesar de estar no vermelho, a Azul é a dona da passagem aérea mais cara do Brasil em todos os meses de 2023. De janeiro a setembro, segundo a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), a empresa praticou uma tarifa média de R$ 707, 92, enquanto Gol e Latam registraram R$ 539,16 e R$ 561,81, respectivamente. No terceiro trimestre de 2023, a Azul reportou prejuízo líquido de 360,2 milhões de reais.

Procurada, a assessoria da Petrobras se manifestou com a seguinte nota:

“A partir de 1º de dezembro de 2023, o preço médio de venda de Querosene de Aviação (QAV) da Petrobras para as distribuidoras terá uma redução de 6%, o que corresponde a um decréscimo de R$ 0,26/litro.

Dessa maneira, no ano de 2023, o preço médio de venda de Querosene de Aviação (QAV) da Petrobras para as distribuidoras terá uma redução acumulada de 19,6% em relação ao preço de dezembro de 2022, o que corresponde a uma redução média de R$ 1,00/litro.

A Petrobras comercializa o QAV produzido em suas refinarias ou importado apenas para as distribuidoras, que por sua vez transportam e comercializam os produtos para as empresas de transporte aéreo e outros consumidores finais nos aeroportos, ou para os revendedores. Distribuidoras e revendedores são os responsáveis pelas instalações nos aeroportos e pelos serviços de abastecimento.

Importante ressaltar que o mercado brasileiro é aberto à livre concorrência, e não existem restrições legais, regulatórias ou logísticas para que outras empresas atuem como produtores ou importadores de QAV”.