O dólar volta a rondar os R$ 5,09 em meio a falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, após máxima a R$ 5,1155 (-0,14%) no mercado à vista. A devolução parcial das perdas intradia acompanha a desaceleração da queda do índice DXY do dólar em meio à queda do euro, afirma o diretor José Raymundo Faria Júnior, da Wagner Investimentos.

Para ele, a ata do Copom foi mais dovish que o esperado e também pesa, porque o sinal é de que o forward guidance só tende a ser retirado no fim do primeiro trimestre, com possível alta de juro no fim do segundo trimestre. Em tese, um eventual aumento de diferencial de juros interno e externo pode demorar mais tempo, comenta.

Faria Júnior acrescenta que o mercado também está em compasso de espera para ver se a LDO será mesmo votada amanhã, uma vez que pode ocorrer votação de vetos presidenciais antes da LDO. A dúvida pode estar incomodando ainda, diz. Sua percepção é de que, se a covid-19 sair do controle no País e sem uma data de vacinação prevista, o governo poderá ser obrigado a prorrogar o auxílio emergencial.