O dólar passou a cair ante o real e renovou mínimas há pouco, acompanhando a perda de força da divisa americana frente o dólar australiano e a queda ante o peso chileno, e com o mercado reforçando vendas para se antecipar a possíveis ingressos de novas captações externas de bancos e empresas brasileiras (nesta semana mais cerca de US$ 3,850 bi) e ofertas de ações na B3, como o esperado IPO da caixa seguridade, entre outros, diz Jefferson Rugik, diretor-superintendente da Correparti.

Ele afirma que o exportador continua vendendo a moeda americana no mercado doméstico, mas não identificou movimento de entrada de capitais pela via financeira ainda. Mas explica que, normalmente, os players estrangeiros se antecipam e vendem no mercado de NDF (derivativo fechado no balcão de instituições financeiros), para quando o ingresso efetivo de recursos ocorrer eles realizarem uma operação casada com liquidação pela Ptax do dia da internalização.

Para o executivo, a desaceleração do IPCA-15 de janeiro ante dezembro, para 0,71%, embora levemente acima da mediana dos analistas (+0,70%), apoia uma leve redução nas apostas de corte de 25 pontos-base da Selic na reunião do Copom de fevereiro.

Do ponto de vista cambial, a manutenção da Selic favoreceria uma recuperação do real. Em sua avaliação, a moeda americana iniciou a sessão em alta acompanhando o movimento externo de sua congênere, que ganhava levemente de seus pares e da maioria das divisas emergentes ligadas às commodities.

Às 10h51, o dólar à vista renovava mínima, aos R$ 4,1569 (-0,44%). O dólar futuro para fevereiro recuava à mínima de R$ 4,1590 (-0,60%).

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