O otimismo dos investidores em relação ao impeachment da presidente Dilma Rousseff continua a ditar o ritmo do mercado na manhã desta segunda-feira, 11. O dólar, que já havia caído na sexta-feira, mantém a trajetória e testa o patamar de R$ 3,56. O entendimento no mercado é de que a saída da presidente da República poderia atrair mais investidores e, consequentemente, provocar a queda da moeda norte-americana na comparação com o real.

Às 9h43, o dólar à vista era negociado em R$ 3,5676, com retração de 0,82% em relação ao fechamento de sexta-feira. O dólar futuro para maio, na BM&FBovespa, caía 0,69%, cotado a R$ 3,5900.

O mercado inicia a segunda-feira já na expectativa do próximo final de semana, quando deverá ser concluído o julgamento, na Câmara dos Deputados, do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A última atualização do levantamento elaborado pelo Grupo Estado aponta que 291 parlamentares são favoráveis ao impedimento da presidente. A oposição precisa reunir 342 votos para dar andamento ao processo que pode resultar no afastamento da presidente.

Além de o número de parlamentares favoráveis ao impeachment continuar a crescer em ritmo mais acelerado do que a posição daqueles que se dizem contrários, outra notícia desfavorável ao Planalto veio do aliado Partido Progressista (PP). Diretórios estaduais da sigla decidiram apoiar o afastamento da presidente, a despeito da posição contrária ao impeachment da direção nacional.

No cenário econômico, chama atenção a contínua perspectiva de expansão do superávit comercial brasileiro em 2016. O Relatório de Mercado Focus divulgado hoje pelo Banco Central indica que o saldo comercial será positivo em US$ 45 bilhões. Quatro semanas atrás, o mercado projetava superávit de US$ 41,20 bilhões.