Dólar tem queda ante outras moedas fortes, com comércio, dados e BCs no radar

O dólar recuou levemente em relação a outras moedas fortes, em um pregão marcado por relativo otimismo sobre as negociações comerciais entre Estados Unidos e China, embora sem euforia. Além disso, indicadores e decisões de política monetária estiveram em foco, na Europa e no México.

No fim da tarde em Nova York, o dólar recuava a 109,30 ienes, o euro avançava a US$ 1,1125 e a libra tinha queda a US$ 1,3017. O índice DXY, que mede o dólar ante outras moedas principais, teve baixa de 0,02%, a 97,379 pontos, após oscilar durante o pregão perto da estabilidade.

O secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, afirmou estar confiante de que a “fase 1” do acordo comercial com a China seja assinado em janeiro. Embora o governo chinês não tenha confirmado a informação, Mnuchin mostrou tom em geral positivo sobre as relações, afirmando que os EUA estão preparados para “trabalhar duro” por uma segunda fase no acordo comercial com Pequim.

Segundo avaliação da BK Asset Management, o dólar foi pressionado hoje pelo dado de vendas de moradias usadas, que mostrou queda acima do esperado pelos analistas em novembro. O movimento, porém, não foi forte.

Entre os bancos centrais, o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) manteve os juros, mas sinalizou que pode realizar aperto monetário no futuro. Ainda assim, a libra recuou no dia, ainda em meio a incertezas sobre a trajetória do Brexit no Reino Unido. Na Suécia, o Riksbank elevou o juro de -0,25% para 0,0% e disse que ele deve seguir neste nível “pelos próximos anos”.

O dólar ainda caía a 18,9629 pesos mexicanos, com a divisa do México em leve alta mesmo após o BC local cortar a taxa básica de juros em 25 pontos-base, a 7,25%. Para a Pantheon, o comunicado “cuidadosamente dovish” do Banxico sinalizou para mais cortes de 25 pontos-base pela frente. Já o BBVA avalia que há argumentos por um relaxamento mais rápido no México, mas vê o BC local “cauteloso em demasia”.