Dólar tem comportamento misto com Fed e G-7 no radar dos investidores

O dólar chegou ao final da tarde desta sexta-feira, 8, em Nova York sem direção única em relação às moedas fortes, em uma sessão marcada por relativa cautela em meio ao encontro de líderes do G-7 e a expectativa com a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) na próxima semana.

No horário de fechamento das bolsas de Nova York, o dólar caía para 109,48 ienes, ao passo que o euro recuava para US$ 1,1772.

Os investidores esperam os desdobramentos da reunião de cúpula do G-7, que ocorre no Canadá até amanhã em meio à ameaça ao comércio global liderada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Antes de embarcar para a reunião, Trump voltou a criticar os parceiros comerciais. Há a expectativa de um encontro dele com o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, e o presidente da França, Emmanuel Macron, no qual devem ser discutida a reimposição de tarifas de importação de aço e alumínio contra a União Europeia e os parceiros do Nafta.

Ainda no campo político, hoje cedo o negociador europeu do Brexit, Michel Barnier, disse que a proposta britânica de manter bens e serviços circulando entre os dois territórios (um que integrará a UE e outro que fará parte do Reino Unido, após o divórcio) “gera mais perguntas do que respostas”. Em reação, a libra cedeu para US$ 1,3409.

Além disso, os investidores se preparam para a definição de política monetária do Fed na próxima semana. A ferramenta de futuros dos Fed funds, compilada pelo CME Group, projetava no final da tarde chance de 91,3% de elevação da taxa em 0,25 ponto porcentual, para a faixa entre 1,75% e 2,00%.

Entre as divisas emergentes, destaque para a nova sessão de valorização do dólar ante a moeda da Argentina. A divisa dos Estados Unidos subiu para 25,3317 pesos. Hoje, em coletiva de imprensa, o Fundo Monetário Internacional (FMI) informou que o acordo de US$ 50 bilhões com o país sul-americano será avaliado pelo conselho executivo dia 20. A instituição elogiou mais uma vez a independência do BCRA na questão cambial.