O dólar à vista subiu, de forma pontual, com a desaceleração há pouco das bolsas em Nova York em meio ao avanço dos juros dos Treasuries. Mas a divisa americana já retomou viés de baixa, com ingresso de fluxo cambial e em um realinhamento à queda externa desde cedo frente outras moedas emergentes e ligadas a commodities pares do real.

O gerente da mesa de derivativos da corretora Commcor, Cleber Alessie Machado Neto diz que o mercado local esta surfando a onda externa hoje.

Embora tenha voltado a cair, o patamar de preço do dólar embute prêmio, após sofrer boa correção em meio a alta dos juros dos Treasuries e o estrago decorrente da troca de comando na Petrobras, afirma o gerente.

No radar, segundo ele, estão as negociações em torno da PEC Emergencial e do auxílio emergencial.

Ontem, houve encontro dos presidentes da Câmara e do Senado com o presidente Jair Bolsonaro e parece difícil o auxílio passar sem contrapartida, comenta. “Sem contrapartida de corte de despesas, ai é para o mercado jogar a toalha, a reação pode ser muito ruim”, afirma.

A alta do PMI industrial do Brasil ajuda na queda, mas de forma marginal uma vez que os movimentos externos comandam a precificação, segundo Machado Neto.

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Às 10h49, o dólar à vista voltava a cair 0,32%, a R$ 5,5877, reagindo a ingresso de fluxo estrangeiro e vendas de exportadores, segundo Jefferson Rugik, diretor da corretora Correparti.

Na máxima, o dólar à vista subiu a R$ 5,6089 (+0,06%).


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