O dólar mostra valorização leve no mercado doméstico, acompanhando o fortalecimento generalizado da divisa americana em relação a moedas principais e de países emergentes em meio a expectativas majoritárias de corte ameno, de 0,25 ponto, no juro pelo Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos), na semana que vem.

Investidores domésticos monitoram a queda dos juros futuros, na esteira do IPCA-15 fraco em julho, e o fluxo cambial em meio a ofertas subsequentes de ações na bolsa, como a da BR Distribuidora e a da locadora de veículos Movida, após a venda de papéis pela operadora de planos de saúde Hapvida nos últimos dias.

O IPCA-15 deste mês registrou alta de 0,09%, abaixo da mediana das expectativas dos analistas do mercado (0,13%), mas levemente acima do resultado de junho (0,06%). As projeções do mercado variavam de 0,02% A 0,17%. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 2,42% e, em 12 meses, de 3,27% – também abaixo da mediana de 3,31% (intervalo de 3,18% a 3,36%) e no menor nível desde maio de 2018, quando estava em 2,70%. Segundo operadores de renda fixa, as taxas refletem o aumento das apostas em corte de 0,50 ponto na taxa Selic, no encontro do Copom da próxima semana.

No radar está ainda uma emissão de US$ 1 bilhão em bônus com vencimento em 2030 pela JBS USA. A empresa anunciou opção de recompra em cinco anos, disseram fontes. Os recursos serão usados para refinanciar dívidas existentes da JBS SA e negócios do grupo. Por isso, o ingresso dos recursos no País pode ser parcial, disse um operador de uma corretora.

Às 9h38, o dólar à vista subia 0,35%, a R$ 3,7513. O dólar futuro para agosto avançava 0,24%, a R$ 3,7530.