Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar fechou em alta nesta terça-feira, superando 5,15 reais após mais cedo cair abaixo de 5,10 reais, com a volta dos compradores espelhando o comportamento externo da moeda antes de aguardados números de inflação nos Estados Unidos.

O dólar à vista subiu 0,32%, a 5,1299 reais, após alcançar 5,1527 reais (+0,76%).

A moeda vinha de três recuos seguidos nas quais acumulou perda de 3,11%, período em que o real ficou à frente de seus pares. Nesta terça, a divisa brasileira chegou a registrar o pior desempenho no mercado de câmbio global.

Mais cedo, a cotação havia descido a 5,0932 reais, queda de 0,40% e mínima intradiária desde 17 de junho. O patamar baixo chamou compradores que também foram estimulados pela recuperação da divisa norte-americana no mercado externo.

O índice do dólar frente a uma cesta de divisas rondava estabilidade no fim da tarde desta terça, apagando desvalorização de 0,35% registrada mais cedo. O clima mais avesso a risco de forma geral –com queda das bolsas de valores em Nova York e a pressão da alta dos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano– ofereceu ímpeto ao dólar.

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No Brasil, a inflação deu novos sinais de abrandamento e o Banco Central reiterou expectativa do mercado de provável fim do ciclo de alta dos juros, mas o foco dos investidores estava voltado para dados de preços ao consumidor em julho nos Estados Unidos, a serem divulgados na quarta-feira.

O número será conhecido depois de na semana passada um relatório surpreendentemente robusto de emprego nos EUA reavivar apostas em outra grande alta de juros pelo banco central norte-americano, o que teria potencial de fortalecer o dólar.

“Acreditamos que o Federal Reserve-Fed terá que subir o juro-base muito além do que o mercado precifica. No médio prazo, isso quer dizer dólar americano ainda forte, mercados mais voláteis e juro ainda mais alto no mundo desenvolvido”, disseram em carta mensal gestores da Galapagos Asset.

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