O dólar subiu ante outras moedas fortes nesta sexta-feira, 17, na esteira de dados de produção industrial e varejo da China, que ficaram acima do esperado em dezembro, assim como o Produto Interno Bruto (PIB) do país asiático, que veio em linha com as expectativas. A fraqueza da libra hoje também ajudou a divisa americana.

Perto do horário do fechamento das bolsas de Nova York, o dólar subia a 110,17 ienes, enquanto o euro caía a US$ 1,1095 e a libra esterlina recuava a US$ 1,3017. O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de seis rivais fortes, registrou alta de 0,35%, a 97,606 pontos, com ganho semanal de 0,26%.

O crescimento de 6,1% do PIB da segunda maior economia do mundo em 2019, apesar de ter sido o menor em 29 anos, veio em linha com o que o mercado esperava. Além disso, as vendas no varejo e a produção industrial da China vieram acima das expectativas.

Durante a semana, o dólar também se beneficiou de indicadores e balanços corporativos dos EUA, além da assinatura da chamada “fase 1” do acordo comercial sino-americano, ainda que tenha havido certa cautela em relação à retirada de tarifas americanas a Pequim.

“A estabilização dos rendimentos dos Treasuries e os movimentos recordes das ações dos EUA são as principais razões pelas quais os investidores estão acumulando dólares”, analisa Kathy Lien, diretora de estratégia de câmbio do BK Asset Management.

Hoje, a moeda americana também se beneficiou da fraqueza da libra, que foi pressionada por uma queda nas vendas no varejo do Reino Unido em dezembro.

Ante divisas emergentes, o dólar recuava a 18,6833 pesos mexicano, mas subia a 14,4651 rands sul-africanos, no final da tarde em Nova York. A moeda americana também registrava alta a 60,0210 pesos argentinos, um dia depois de o Banco Central da República Argentina (BCRA) ter anunciado mais um corte no limite inferior atual para a taxa de juros das Letras de Liquidez (Leliq).