O dólar avançou em relação a algumas moedas rivais nesta terça-feira, 10, mas a libra apagou parte das perdas registradas ontem ante a divisa americana, já que começa a baixar a poeira após a saída de dois importantes ministros do governo do Reino Unido, motivada por discordâncias internas sobre o Brexit. O divórcio entre os britânicos e a União Europeia foi arrastado para o centro do noticiário internacional com a viagem do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a Europa, dando um respiro a investidores preocupados com o agravamento da batalha comercial dos americanos com a China.

Perto do horário de fechamento em Nova York, o dólar avançava a 111,28 ienes, enquanto o euro cedia a US$ 1,1746 e a libra subia a US$ 1,3271.

O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de outras seis moedas fortes, registrou alta de 0,08%, aos 94,152 pontos.

Em coletiva de imprensa na Cúpula dos Bálcãs Ocidentais, realizada em Londres, a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, reassegurou hoje que o acordo firmado pelos integrantes do seu governo na casa de campo de Chequers mantém “absolutamente” a boa fé com o voto do povo britânico pela saída da União Europeia.

Ao seu lado na entrevista, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, sinalizou algum apoio ao afirmar que Londres “dará um passo inteiro adiante” ao apresentar o chamado Livro Branco, que conterá detalhes da proposta britânica para o Brexit, que será submetida a Bruxelas até o fim desta semana.

A atmosfera de concórdia deu força à libra em relação ao dólar e ao euro, que recuou de 0,8870 libra na tarde de ontem para 0,8854 libra hoje.

Entre as emergentes, dólar cedeu de 19,1783 pesos mexicanos ontem para 18,9183 pesos mexicanos. Tem havido recentemente alguma especulação sobre como será a relação de Trump com o presidente eleito do México, Andrés Manuel López Obrador, que assume em 1º de dezembro. O futuro mandatário mexicano pregou o diálogo com Washington para reduzir a imigração ilegal, mas o seu provável ministro de finanças reclamou nos últimos dias que os EUA têm tratado o México “muito mal”.