O dólar avançou em relação a outras moedas fortes nesta sexta-feira, 7, favorecido pelos fortes números divulgados pelo relatório de empregos (payroll) dos Estados Unidos e monitorando as tensões comerciais sino-americanas em meio a novas ameaças de tarifas do presidente americano Donald Trump sobre produtos chineses.

Próximo ao horário de fechamento das bolsas em Nova York, o dólar subia para 111,01 ienes, o euro recuava para US$ 1,1561 e a libra cedia para US$ 1,2923. Já o índice DXY, que mede a moeda americana contra uma cesta de outras seis divisas fortes, fechou em baixa de 0,38%, para 95,365 pontos.

O Departamento do Trabalho dos EUA informou nesta sexta-feira que a economia americana criou 201 mil postos de trabalho em agosto, acima do apontado pela mediana das 36 estimativas compiladas pelo Broadcast, plataforma de notícias em tempo real do Grupo Estado, que mostrava geração de 193 mil vagas no mês passado. Além disso, o salário médio por hora mostrou crescimento de 0,37% na comparação com julho, e aumento de 2,9% em relação a agosto de 2017, enquanto analistas projetavam avanço de 0,3% e 2,8%, respectivamente.

Os números melhores do que o esperado reforçaram o argumento de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) pode continuar a elevar as taxas de juros no ritmo esperado. As expectativas de juros mais altos tendem a tornar o dólar mais atraente para investidores em busca de rendimentos mais elevados.

O dólar ampliou ainda mais os ganhos durante a tarde, depois que o presidente Trump afirmou, a bordo do Air Force One, que pode impor tarifas extras sobre US$ 267 bilhões em bens importados da China, que seguiriam barreiras a serem impostas sobre US$ 200 bilhões em produtos do país asiático.

A intensificação dos temores com o comércio global impulsionou a moeda americana nas últimas semanas, uma vez que muitos investidores acreditam que os EUA provavelmente enfrentarão as interrupções no livre-comércio melhor do que outros países.