O dólar avançou ante rivais nesta quarta-feira, 8, em meio ao arrefecimento no conflito entre os Estados Unidos e o Irã, após o país persa ter lançado mísseis ontem contra bases militares no Iraque utilizadas por tropas americanas. Um pronunciamento do presidente dos EUA, Donald Trump, no início da tarde também impulsionou a recuperação nos mercados.

Perto do horário do fechamento das bolsas de Nova York, o dólar subia a 109,04 ienes, enquanto o euro recuava a US$ 1,1115 e a libra esterlina caía a US$ 1,3001. O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de seis rivais fortes, fechou o dia em alta de 0,30%, aos 97,299 pontos.

Em seu discurso, Trump disse que vai impor sanções econômicas adicionais aos iranianos “imediatamente”, mas afirmou que o país do Oriente Médio “parece estar se resignando, o que é uma coisa boa”. Ontem, o chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif, já havia dito que o país não busca uma “escalada ou guerra”.

No final da tarde, começaram a aparecer relatos de novos ataques em Bagdá, mas sem vítimas.

Na avaliação do Western Union, embora os mercados tenham esperanças de que não haja um conflito militar maior entre Washington e Teerã, “a situação permanece fluida e imprevisível”.

Segundo Joe Manimbo, analista sênior de mercado do banco, a fraqueza do euro hoje também se deve à queda nas encomendas à indústria da Alemanha. O indicador recuou 1,3% em novembro ante outubro, contra previsão de estabilidade. “Os dados pintaram uma imagem ainda anêmica da maior economia da Europa no final de 2019”, comenta Manimbo.

Ante divisas emergentes, o dólar recuava a 18,8296 pesos mexicanos e a 14,1976 rands sul-africanos, mas avançava a 59,8480 pesos argentinos, no final da tarde em Nova York.