O dólar subiu ante outras moedas fortes nesta quinta-feira, 2, mas recuou ante o iene, em meio à expectativa pela assinatura da chamada “fase 1” do acordo comercial entre os Estados Unidos e a China, em um dia de fraqueza do euro e da libra após dados da Europa terem mostrado recuo na indústria do velho continente.

Perto do horário do fechamento das bolsas de Nova York, o dólar caía a 108,53 ienes, enquanto o euro recuava a US$ 1,1171 e a libra esterlina registrava queda a US$ 1,3143. O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de seis rivais fortes, fechou o dia em alta de 0,47%, a 96,846 pontos.

Os mercados reagiram hoje ao anúncio feito na terça-feira pelo presidente americano, Donald Trump, de que o pacto preliminar entre Washington e Pequim será formalizado no dia 15 de janeiro. O líder da Casa Branca também indicou que irá à China em uma data futura para avançar nas negociações.

Além disso, o otimismo do mercado também foi influenciado por uma redução dos compulsórios dos bancos chineses anunciada ontem pelo Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês).

Diretora de estratégia de câmbio do BK Asset Management, Kathy Lien avalia que a eleição presidencial nos EUA será o evento mais importante do ano. Segundo ela, “historicamente o dólar americano costuma ter um bom desempenho nos anos eleitorais”. “Portanto, embora a história nem sempre se repita, com base no desempenho passado, há uma boa chance de 2020 ser outro ano bom para o dólar”, afirma.

A libra e o euro, por sua vez, se enfraqueceram hoje, em um dia de divulgação de índices de gerentes de compras (PMIs) da Europa. O PMI industrial do Reino Unido caiu de 48,9 em novembro para 47,5 em dezembro e o mesmo dado da Alemanha recuou de 44,1 para 43,7 em igual período. Já na zona do euro, o PMI da indústria caiu de 46,9 em novembro para 45,9 em dezembro.

Ante divisas emergentes, o dólar recuava a 18,8598 pesos mexicanos, avançava a 14,1158 rands sul-africanos e caía 59,8442 pesos argentinos, no final da tarde em Nova York, em um dia em que o governo da Argentina anunciou que emitirá até US$ 1,3 bilhão em Letras do Tesouro Nacional (Letes), subscritas pelo Banco Central da República Argentina (BCRA), com prazo de dez anos, para pagar dívidas.