O dólar subiu ante rivais nesta sexta-feira, após o presidente dos Estado Unidos, Donald Trump, declarar emergência nacional no país e prometer US$ 50 bilhões em recursos para combater o coronavírus. Segundo analistas, empresas recorreram à moeda americana nesta semana, em meio à incerteza gerada pelo surto.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 108,34 ienes, o euro recuava a US$ 1,1074 e a libra caía a US$ 1,2311. No mesmo horário, o índice DXY, que mede a variação do dólar ante outras seis divisas principais, registrava alta de 0,97%, a 98,417 pontos

“Quando a preocupação do mercado atinge um pico, os investidores buscam o dólar”, afirma o analista sênior de mercado Joe Manimbo, do Western Union. De acordo com o banco americano Brown Brothers Harriman (BBH), “muitas empresas estão acumulando dólares defensivamente à medida que o coronavírus se espalha”.

No final da tarde, a moeda americana acelerou ainda mais os ganhos, após Trump declarar estado de emergência nos Estados Unidos, mencionar recursos financeiros para o combate ao surto de coronavírus e prometer uma ampliação dos testes para a doença.

“Não há vencedores nesta pandemia do Covid-19, mas suspeitamos que quando a poeira baixar, o dólar poderá acabar com um valor um pouco mais baixo”, comenta o banco holandês ING.

O dólar também subiu hoje em relação à moeda canadense, depois que o Banco Central do Canadá (BoC, na sigla em inglês) anunciou um corte de juros extraordinário. No final da tarde em Nova York, a divisa americana avançava a 1,3897 dólares canadenses.

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Ante moedas emergentes e ligadas a commodities, o dólar subia a 62,8924 pesos argentinos e a 21,9797 pesos mexicanos, mas caía a 16,2748 rands sul-africanos, no fim da tarde em Nova York.

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Contato: iander.porcella@estadao.com


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