Dólar sobe ante real por cautela sobre tarifas dos EUA

O dólar sobe no mercado à vista na manhã desta terça-feira, 22, em meio a preocupações com as tarifas de 50% dos EUA sobre importações do Brasil e a nova ameaça de taxar em 100% Brasil, Índia e China se continuarem comprando petróleo da Rússia.

No entanto, o sinal do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, de que 1º de agosto é um “prazo bastante rígido” para todos os países e nada impede que países negociem tarifas depois dessa data ameniza os ajustes, além da alta de 2,49% do minério de ferro.

No foco está a estratégia do governo brasileiro para conter os efeitos do tarifaço americano em meio à agenda esvaziada de indicadores. O presidente Lula subiu o tom e afirmou na segunda-feira, 21, que o Brasil ainda não está em uma guerra tarifária com os EUA, mas alertou: “Guerra tarifária vai começar quando eu der uma resposta ao Trump, se ele não mudar de opinião”.

O secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, confirmou que há um plano pronto para ajudar setores afetados pelo tarifaço, que precisa do aval de Lula.

Um leilão de linha de rolagem cambial de US$ 600 milhões de movimentar ainda os negócios (10h30).

Nos EUA, o senador republicano Lindsey Graham ameaçou novos aumentos tarifários – de até 100% – a países que mantiverem compras de petróleo da Rússia, colocando o Brasil novamente na mira de Washington.

O ministro de Revitalização Econômica do Japão e principal negociador do país, Ryosei Akazawa, demonstrou otimismo sobre um acordo com os EUA independente do resultado eleitoral e deverá ter conversas ainda com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent.

O Porto de Santos, no litoral paulista, o maior da América Latina, registrou recorde na movimentação de contêineres no primeiro semestre, segundo a APS.

No setor corporativo, a Stone, empresa de maquininhas de cartão, vendeu a empresa de softwares Linx para a Totvs e a SimplesVet, plataforma de gestão para clínicas veterinárias, para a PetLove.

Nos EUA, a Coca-Cola teve lucro líquido de US$ 3,8 bilhões no segundo trimestre de 2025, alta de 58% ante o mesmo período do ano passado.

A General Motors (GM) teve lucro líquido de US$ 1,895 bilhão no segundo trimestre de 2025, 35,4% menor do que o ganho de igual período do ano passado.