O cenário de cautela prevaleceu mais uma vez nesta sessão e provocou movimento de aversão a risco. Com os investidores preferindo ativos mais seguros, como Treasuries, o mercado de câmbio viu o dólar se valorizar em relação a moedas emergentes ligadas a commodities, mas também diante de outras moedas consideradas ainda mais fortes, como o iene.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 112,68 ienes e a 1,1371 euros. Na comparação com divisas emergentes, a moeda americana avançava a 20,4177 pesos mexicanos e a 36,1818 pesos argentinos.

A alta do dólar aconteceu em meio a um novo tombo das bolsas de Nova York e do petróleo. Os mercados acionários americanos estenderam as perdas de segunda-feira, com o movimento de venda das ações de tecnologia se espalhando para outros setores, como varejo e energia.

No caso do petróleo, além da aversão a risco, contribuiu para o mau humor o comunicado do presidente Donald Trump sobre o assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi. Em nota, Trump reafirma seu apoio ao governo saudita, dizendo que os dois países têm trabalhado para “manter os preços do petróleo em níveis razoáveis – tão importante para o mundo”. A comunicação sugere que Washington não está interessada em aprofundar punições contra Riad no episódio da morte de Khashoggi. A proximidade diminui a possibilidade de que a Arábia Saudita reduza sua oferta, o que tenderia a elevar os preços do petróleo e iria contra os interesses dos EUA.

A queda acima de 6% dos barris prejudicou as moedas de grandes produtores da commodity, como o Canadá e a Noruega. Não à toa, o dólar se valorizou em relação a esses ativos. (Com informações da Dow Jones Newswires)