Dólar sobe ante moedas fortes, com tom mais duro apresentado por Powell

O dólar avançou ante as moedas fortes nesta quarta-feira, 20, influenciado por falas “hawkish” do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell.

Durante uma hora e meia nesta manhã, Jerome Powell debateu com Mario Draghi (BCE), Haruhiko Kuroda (BoJ) e Philip Lowe (RBA) as perspectivas de política monetária mundial em evento em Sintra, em Portugal.

Para o presidente do Fed, a economia sólida dos EUA apoia novos aumentos nas taxas de juros e a retirada da orientação futura (forward guidance) do comunicado da decisão na semana passada é condizente com a normalização da política monetária do banco central.

Além disso, o americano ressaltou que os membros do Fed não veem impacto de conflitos comerciais sobre o desempenho da economia.

Enquanto seus pares endossaram suas visões mais suaves sobre política monetária, Powell foi cautelosamente mais duro, o que apoiou a subida do dólar no exterior. No final da tarde em Nova York, o dólar subia para 110,42 ienes e 0,9963 franco suíço.

O dólar também renovou a máxima desde junho de 2017 ante a moeda do Canadá, em meio às discussões com os Estados Unidos para a repactuação do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) e a imposição de barreiras tarifárias. A divisa americana estava cotada no final da tarde a 1,3320.

Já o euro, que ontem caiu bastante com sinalização mais “dovish” de diversos dirigentes do BCE, hoje subiu levemente para US$ 1,1586.

Destaque também para a leve queda do dólar para 27,7340 pesos argentinos, no dia em que o Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou de maneira definitiva o empréstimo de US$ 50 bilhões ao país governado por Mauricio Macri.

Em coletiva, o diretor do Departamento de Hemisfério Ocidental do FMI, Alejandro Werner, afirmou que as políticas cambias do Brasil e da Colômbia “servem de exemplo” para a Argentina.