Os mercados cambiais tiveram uma sessão de maior busca por segurança, diante da cautela sobre os impactos econômicos do surto de coronavírus, concentrado na China mas disseminando-se por outras nações. Nesse quadro, o dólar se fortaleceu em geral, porém caiu em relação a divisas consideradas ainda mais seguras, como o iene e o franco suíço, enquanto oscilou perto da estabilidade em relação ao euro.

No fim da tarde em Nova York, o dólar recuava a 108,90 ienes, o euro avançava a US$ 1,1021, quase estável, e a libra caía a US$ 1,3055. O índice DXY, que mede o dólar ante outras divisas principais, subiu 0,11%, a 97,956 pontos.

Segundo os balanços mais recentes, 14 países já registram quase 2.900 casos de coronavírus, com 83 mortes na China. Analistas e investidores têm ponderado sobre os impactos para a economia da China e também para o cenário global, em um quadro ainda de incertezas sobre o quanto o problema pode ou não crescer.

A High Frequency Economics (HFE) afirmou que certamente será afetada a atividade econômica, destacando o fato de que Pequim ampliou o feriado do ano-novo lunar até 2 de fevereiro. A Capital Economics, por sua vez, diz que o coronavírus “terá impacto significativo” no Produto Interno Bruto (PIB) chinês do primeiro trimestre.

A BK Asset Management afirmou que houve um grande movimento de fuga do risco, nos mercados globais, com queda nas bolsas e nas divisas ligadas a commodities. Segundo a gestora de ativos, há o temor de que a disseminação do coronavírus ameace se tornar uma pandemia na China, o que “pesaria duramente sobre o crescimento global”.

Ante divisas emergentes e commodities, o dólar avançava a 60,0977 pesos argentinos, a 18,9244 pesos mexicanos, a 14,6290 rands sul-africanos e a 63,012 rublos russos.