O dólar ante o real se descolou da persistente fraqueza da divisa americana no exterior e inverteu o sinal para alta, renovando a máxima em R$ 4,0995 (+0,19%) no mercado à vista. O dólar futuro de novembro também registrou máxima, em R$ 4,1050 (+0,10%).

O operador da corretora Fair, Hideaki Iha, diz que o dólar ante o real se descolou da queda predominante da moeda americana no exterior, por causa da frustração do investidor com a participação de investidores estrangeiros no oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da rede de joalherias Vivara, que movimentou R$ 2,29 bilhões na B3.

“Os comentários são de que houve pouco interesse dos estrangeiros e que a compra das ações foi feita na maioria por investidores domésticos”, justifica Iha.

O dólar caiu da faixa de R$ 4,1619 no fechamento do dia 1º de outubro para R$ 4,0563 na sexta-feira passada em meio a expectativas altas de ingresso de investidor estrangeiro para as operações de venda de ações na Bolsa.

Com o resultado do IPO da Vivara, o mercado adota certa cautela, diz Iha.

Além disso, mais cedo, o responsável pela área de câmbio da Terra Investimentos, Vanei Nagen, afirmou que a queda do dólar já era limitada pela deflação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro, que apoia apostas em novos cortes de juros da Selic, o que pode vir a desestimular o fluxo de capitais estrangeiros para o País.