O dólar se fortaleceu na comparação com rivais e emergentes nesta sexta, 25, favorecido por um cenário de incertezas sobre a economia global que estimula a demanda pela segurança da divisa norte-americana.

No fim da tarde em Nova York, o dólar avançava a 122,84 ienes. O índice DXY, que mede a variação da moeda dos Estados Unidos frente a uma cesta de seis principais, fechou em alta de 0,30%, a 94,595 pontos, subindo 1,84% na semana.

“A maior fonte de fortalecimento do dólar está em voga outra vez, que é a piora nas perspectivas para o crescimento global, enquanto o número de casos de coronavírus avança”, explica o analista Joe Manimbo, do Western Union.

No horário em questão, o euro cedia a US$ 1,1631. A moeda comum foi prejudicada este semana por conta dos temores em relação a uma segunda onda de infecções de covid-19 na Europa. Na próxima semana, indicadores econômicos importantes serão divulgados na região. “Evidência de desaceleração da recuperação poderia pressionar mais ainda a moeda única”, analisa Manimbo.

A libra, por sua vez, caía a US$ 1,2743, chegando à última semana de setembro a caminho de ter o pior desempenho mensal desde outubro de 2016, de acordo com o Rabobank. “Dado elevado grau de incertezas políticas enfrentadas pelo Reino Unido nos próximos meses, consideramos ingênuo descartar a possibilidade de mais perdas acentuadas para a libra”, explica o banco, referindo-se às tensas negociações por um acordo comercial com a União Europeia, para o período subsequente ao Brexit, como é conhecido o processo de saída do país insular do bloco europeu.

Ante emergentes, o dólar avançava 22,3560 pesos mexicanos e a 75,8811 pesos argentinos. Nesta sexta-feira, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, assegurou na tarde que não haverá um novo “corralito” no país, ou seja, uma limitação oficial ao acesso a depósitos bancários e a contas correntes para frear a retirada de fundos dos bancos. Além de rechaçar essa possibilidade, Fernández criticou os limites no mercado cambial, mas disse que isso é uma situação herdada do governo anterior.

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