Após breve viés de alta a R$ 5,1725, o dólar à vista volta a cair moderadamente, a R$ 5,1520 há pouco, de olho na ampliação de perdas do petróleo e na renovação de mínimas pelo índice DXY, do dólar ante seis pares principais, a 92,417 pontos há pouco. Para o operador Hideaki Iha, da corretora Fair, o mercado de câmbio é guiado pelo dólar mais fraco no exterior, após a criação de empregos no setor privado dos EUA ter vindo bem abaixo do esperado.
“Por enquanto, o ADP fraco sugere continuidade da visão mais dovish do Fed por mais algum tempo, mas se o relatório do payroll também decepcionar, pelo impacto da variante delta na economia, poderá gerar sentimento negativo sobre a recuperação americana e mundial, trazendo pressão de alta ao dólar”, observa a fonte.
Aqui, segundo Iha, o dólar só não recua mais por causa das pendências fiscais relacionadas aos precatórios e programa social, dificuldades para avanço de reformas no Congresso, além da crise hídrica, inflação elevada e ambiente político institucional “assustador”. “Deve ter fluxo de entrada, que pode ser de exportador uma vez que o investidor estrangeiro tem vindo com parcimônia para o Brasil”, observa.
Ele acrescentou que as declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre riscos da inflação ao fiscal e ao crescimento da economia são fatores de muita cautela, que limitam o recuo da moeda americana também.
Campos Neto afirmou também que não existe planejamento do BC para o dólar, uma vez que o câmbio é flutuante no País.
O diretor da corretora Correparti, Jefferson Rugik, atribuiu a alta breve do dólar a um movimento de compra pontual.