O dólar segue em baixa no mercado doméstico e testou o nível de R$ 3,650 nas mínimas, na manhã desta quinta-feira, 31. O ajuste amplia a desvalorização acumulada pelo dólar ante o real em janeiro para mais de 5% (5,47% às 9h45).

É conduzido por ofertas de tesourarias que carregam posições vendidas em contratos cambiais (apostaram na baixa das cotações) e ingressos de captações corporativas recentes, além de ecoar comunicado do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) suave nesta quarta-feira, 30, e de precificar o avanço do PMI industrial da China (+49,5 em janeiro ante 49,4 em dezembro e acima das previsões de analistas, em 49,2), diz Jefferson Rugik, diretor superintendente da Correparti.

O objetivo dos vendidos em câmbio é enfraquecer a Ptax desta quinta, a última de janeiro e que servirá na Sexta (dia 1º) para os ajustes dos contratos cambiais e de swap cambial com vencimentos em meses subsequentes, além da liquidação do dólar futuro de fevereiro.

Também estimulam as vendas a alta de commodities, como minério de ferro (+3,40%, a US$ 85,34 na China), o viés negativo do dólar no exterior e a percepção positiva do investidor com a reforma da Previdência, disse um operador de uma corretora.

Na mínima, antes das 10h, o dólar à vista registrou R$ 3,6524 (-1,17%), ante máxima em R$ 3,6807 (-0,40%). Já o dólar futuro de março, mais negociado a partir de hoje, cedeu até R$ 3,6585 (-0,95%).