O dólar opera em queda no mercado doméstico na manhã desta segunda-feira, 14, após subir na sexta-feira, mas já desacelera o ajuste de olho no viés de alta dos juros futuros na esteira do avanço dos retornos dos Treasuries e com preocupações com a inflação doméstica. A moeda americana acompanha o recuo no exterior ante pares principais, mas os sinais são mistos ante divisas emergentes e ligadas a commodities, embora suba ante peso mexicano, rublo e rand sul africano, que têm forte correlação com o real. Os investidores seguem à espera das decisões de política monetária do Copom e do Federal Reserve, na quarta-feira (16).

As altas do IBC-BR de 0,44% em abril ante março e de 15,92% na comparação anual do mês vieram abaixo das medianas estimadas pelo mercado. Ainda assim, há cautela com a inflação interna diante de notícias sobre a crise hídrica, que pode manter as tarifas de energias mais altas, pressionando a inflação e podem prejudicar a atividade também.

No radar está ainda perspectiva de retomada da economia com a aceleração da vacinação em São Paulo, que pode elevar o consumo e pressionar os preços. Além disso, o mercado fez novas elevações das previsões para o IPCA na Pesquisa Focus, hoje.

O mercado elevou novamente a previsão para IPCA de 2021, de alta de 5,44% para 5,82%. A projeção para o índice em 2022 foi de 3,70% para 3,78%. Quatro semanas atrás, estava em 3,64%. A projeção dos economistas para a inflação deste ano já está bem acima do teto da meta de 2021, de 5,25%. A meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%).

Às 9h39 desta segunda-feira, o dólar à vista caía 0,40%, a R$ 5,1027, após máxima a R$ 5,1122 (-0,20%) e mínima, a R$ 5,0992 (-0,46%) registrada nos primeiros negócios. O dólar futuro para julho recuava 0,33%, a R$ 5,1110, após máxima a R$ 5,1215 (-0,13%) e mínima, a R$ 5,1075 (-0,40%) após a abertura.

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