O dólar recuperou a força e subiu ante rivais nesta quarta-feira, com os investidores otimistas após a força do ex-vice-presidente Joe Biden nas prévias do Partido Democrata na Superterça.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 107,44 ienes, o euro recuava a US$ 1,1138 e a libra avançava a US$ 1,2868. O índice DXY, que mede o dólar ante outras divisas principais, registrou alta de 0,19%, a 97,336 pontos.

“O apetite reduzido pela segurança do iene, junto com a literalmente super terça-feira de Joe Biden, se traduziu em suporte à moeda americana”, comenta o analista sênior de mercado Joe Manimbo, do Western Union. Biden venceu em 10 dos 14 estados onde os democratas realizaram prévias ontem. “A postura mais moderada de Biden é percebida como mais favorável ao mercado, em comparação com o rival de esquerda Bernie Sanders”, afirma Manimbo.

Segundo o analista do Western Union, o dólar também se beneficiou hoje da criação de vagas de trabalho acima do esperado no setor privado dos EUA, o que aumenta a expectativa pelo relatório de empregos (payroll), que será divulgado nesta sexta-feira, 6.

O euro, por sua vez, se enfraqueceu com a aposta de que o Banco Central Europeu (BCE) deve seguir o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e cortar os juros, diante dos riscos econômicos do coronavírus.

Perto do horário de fechamento em Nova York, o dólar também subia a 1,3402 dólares canadenses, após o Banco do Canadá (BoC, na sigla em inglês) ter reduzido sua taxa básica de juros hoje.

Ante moedas emergentes e ligadas a commodities, o dólar avançava a 19,5519 pesos mexicanos, a 62,3607 pesos argentinos, mas caía a 15,2758 rands sul-africanos, no fim da tarde em Nova York.