O dólar recuou em relação a outras moedas principais nesta quinta-feira, 21, após dados econômicos mais fracos que o esperado nos Estados Unidos e uma decisão da Suprema Corte americana de exigir que varejistas online recolham impostos sobre vendas no país.

Próximo ao horário de fechamento das bolsas em Nova York, o dólar caía para 109,94 ienes e o euro subia para US$ 1,1619. Já o índice DXY, que mede a moeda americana contra uma cesta de outras seis divisas fortes, fechou em queda de 0,33%, para 94,743 pontos.

A divisa dos EUA perdeu fôlego depois que um indicador sugeriu que o ritmo de crescimento em solo americano poderia estar esfriando. O índice de atividade industrial medido pela distrital de Filadélfia do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) recuou de 34,4 em maio para 19,9 em junho, enquanto economistas consultados pelo Wall Street Journal previam que o indicador cairia para 28,5.

O dólar também se enfraqueceu após a Suprema Corte dos EUA determinar que os Estados americanos podem exigir que varejistas online cobre imposto sobre vendas. Apesar disso, analistas do Goldman Sachs disseram não esperar forte impacto no crescimento americano vindo dessa decisão. “Há uma amalgamação de coisas prejudicando o dólar americano”, disse o estrategista-chefe de câmbio do banco de investimentos Jefferies, Brad Bechtel.

No Reino Unido, o tom mais “hawkish” emitido pelo Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) voltou a assombrar os mercados acionários quanto à possibilidade de juros mais elevados nas principais economias do globo. O banco central decidiu manter a taxa básica de juros inalterada em 0,5%, mas indicou que, em agosto, uma elevação deve ocorrer e informou que começará a reduzir o tamanho de seu portfólio quando o juro básico chegar a 1,5%, e não mais 2%, como se previa anteriormente. Com isso, a libra chegou ao fim da tarde subindo para US$ 1,3249.