O dólar recuou ante outras moedas fortes nesta quarta-feira, 25, com a iminência da aprovação de um pacote fiscal trilionário nos Estados Unidos para tentar conter os efeitos da pandemia de coronavírus e na esteira de medidas do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que têm aumentado a liquidez do sistema financeiro.

No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 111,20 ienes, o euro avançava a US$ 1,0877 e a libra registrava alta a US$ 1,184. O índice DXY, que mede a variação do dólar ante uma cesta de seis rivais fortes, fechou em baixa de 0,97%, aos 101,050 pontos.

“O dólar ainda se mantém estável em relação ao iene, enquanto reduz ganhos em relação a outras moedas”, afirma a diretora de estratégia de câmbio do BK Asset Management, Kathy Lien.

Para o analista sênior de mercado Joe Manimbo, do banco americano Western Union, a euforia do mercado com o pacote de estímulos nos EUA permitiu a alguns investidores “entrar em águas mais arriscadas” e se afastar da segurança do dólar. A proposta do governo americano, embora tenha encontrado um novo impasse no Senado, sustenta certo otimismo desde ontem.

Além disso, medidas recentes do Federal Reserve, como a criação de linhas de swap cambial com outros bancos centrais e a compra ilimitada de ativos, reduzem a busca por dólar.

De acordo com Manimbo, porém, “a manutenção da confiança dos investidores provavelmente será um desafio”, à medida que forem divulgados dados macroeconômicos que mostrem os impactos da pandemia.

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Ante moedas emergentes e ligadas a commodities, o dólar caía a 24,9079 pesos mexicanos e a 17,3110 rands sul-africanos, mas subia a 63,9954 pesos argentinos, no fim da tarde em Nova York.


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