O dólar operou em baixa ante outras moedas fortes no primeiro pregão do segundo semestre nesta quarta, 1º, em meio ao otimismo do mercado com um avanço em testes para uma potencial vacina contra a covid-19 e também após dados de emprego do setor privado dos Estados Unidos.

No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 107,46 ienes, enquanto o euro subia a US$ 1,1258, e a libra avançava a US$ 1,2487. O índice DXY, por sua vez, operava em baixa de 0,25%, a 97,144 pontos, na mesma marcação.

“O otimismo com a recuperação continua aos trancos e barrancos em meio à escuridão sobre o que o aumento nos casos de covid-19 significa para as perspectivas econômicas”, comenta o analista de mercado Joe Manimbo, do Western Union. Hoje, apesar de ter começado o dia em alta, o índice DXY inverteu o movimento ao longo do pregão.

“O repentino apetite por risco parece atribuível às manchetes dos resultados encorajadores dos primeiros testes da vacina da Pfizer e da BioNTech”, afirmam analistas do BMO Capital Markets. Um estudo preliminar publicado hoje apontou que a vacina experimental contra o novo coronavírus desenvolvida pela duas companhias apresentou resultados positivos.

Além disso, o otimismo foi impulsionado por dados de emprego no setor privado dos EUA. Em relatório divulgado hoje, o ADP informou que o corte de 2,76 milhões de vagas em maio foi revisado para criação de 3,065 milhões de postos.

Nesta tarde, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) divulgou a ata da mais recente reunião de política monetária, mas o dólar teve pouca reação ao documento. Os dirigentes do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) comentaram que a pandemia causa “tremendas” dificuldades, mas avaliaram que as condições financeiras têm melhorado.

Ante moedas emergentes e ligadas a commodities, o dólar ficou sem direção única. No final da tarde em Nova York, a moeda americana subia a 70,5379 pesos argentinos, mas recuava a 17,0475 rands sul-africanos e a 22,7563 pesos mexicanos.