15/01/2020 - 19:22
O dólar recuou ante rivais nesta quarta-feira, 15, em meio a incertezas sobre a retirada de tarifas dos Estados Unidos à China, mesmo após a assinatura da chamada “fase 1” do acordo comercial entre os dois países.
Perto do horário do fechamento das bolsas de Nova York, o dólar recuava a 109,89 ienes, enquanto o euro subia a US$ 1,1152 e a libra esterlina tinha leve alta a US$ 1,3027. O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de seis rivais fortes, registrou baixa de 0,15%, a 97,229 pontos.
Durante a cerimônia de formalização do pacto comercial sino-americano, na Casa Branca, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que começará a negociar a próxima etapa do entendimento com os chineses “muito em breve”. Ele também afirmou que todas as tarifas impostas por Washington a Pequim serão retiradas após a “fase 2”.
Ontem, o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, havia declarado que “a única forma de o presidente Trump reduzir tarifas à China é se houver uma fase 2 do acordo”. Hoje, Mnuchin disse que os EUA podem aumentar tarifas ao país asiático se os termos do pacto não forem cumpridos.
Na avaliação de Joe Manimbo, analista sênior de mercado do Western Union, o “dólar dos EUA ficou um pouco perturbado antes da assinatura” do acordo comercial, em meio à cautela no mercado de câmbio. Ele destaca, ainda, que o euro se fortaleceu com a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha, que cresceu 0,6% em 2019. Já a libra, embora tenha subido ante o dólar, chegou a bater mínimas com o resultado do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) britânico, que desacelerou a 1,3% em dezembro, na comparação anual.
O yuan, na visão da Capital Economics, “provavelmente se enfraquecerá” em relação ao dólar, devido ao fato de que a “fase 2” do acordo entre EUA e China não começará antes das eleições presidenciais americanas, em novembro.
Ante divisas emergentes, o dólar subia a 18,8183 pesos mexicanos e a 14,4134 rands sul-africanos, mas recuava a 59,9788 pesos argentinos, no final da tarde em Nova York.
