O dólar deu prosseguimento ao movimento de queda visto no fim do ano passado nesta terça-feira, 2, à medida que dúvidas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) poderá manter o ritmo de alta nos juros neste ano falaram mais alto.

No fim da tarde em Nova York, o dólar caía para 112,26 ienes e o euro avançava para US$ 1,2061. Já o índice do dólar (DXY), que mede a divisa americana em uma cesta de outras seis moedas principais, fechou em queda de 0,27%, aos 91,872 pontos, perdendo o patamar dos 92 pontos.

As principais medidas de inflação ao consumidor nos Estados Unidos têm registrado números baixos nos últimos meses, fazendo com que as medidas ficassem abaixo da meta de 2% estipulada pelo Fed. Com isso, os investidores se perguntaram se o banco central poderá elevar as taxas de juros mais três vezes neste ano, disse o analista-chefe de mercados da Commonwealth Foreign Exchange, Omer Esiner, em nota a clientes.

As expectativas de que os juros permanecerão nos níveis atuais tornam o dólar menos atraente para investidores que procuram por rendimentos mais altos. No entanto, sinais de crescimento salarial nos dados de emprego dos EUA na próxima sexta-feira podem reforçar o cenário de aperto monetário neste ano, disse Esiner.

As expectativas de aperto monetário, embora gradual, pelo Banco Central Europeu (BCE) continuaram a impulsionar o euro.

Nesta terça-feira, a IHS Markit divulgou que o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da zona do euro subiu de 60,1 em novembro para 60,6 em dezembro, atingindo o maior nível da série histórica iniciada em meados de 1997.

De acordo com o economista-chefe de mercados da IHS Markit, Chris Williamson, “os países da zona do euro dominaram a classificação mundial de crescimento do PMI durante grande parte de 2017”.