O dólar recuou ante rivais nesta sexta-feira, 27, com investidores ajustando posições às vésperas de 2020. O baixo volume de negociações e o noticiário esvaziado não ofereceram um driver claro ao mercado cambial.

Perto do horário do fechamento das bolsas de Nova York, o dólar caía a 109,42 ienes, enquanto o euro subia a US$ 1,1178 e a libra esterlina avançava a US$ 1,3078. O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de seis rivais fortes, fechou o dia em queda de 0,63%, aos 96,919 pontos, após apresentar aceleração gradual de suas perdas durante a tarde.

A baixíssima liquidez e a agenda fraca nas sessões entre o Natal e o Ano Novo não ofereceram um driver claro para investidores do mercado de câmbio, que operam ajustando suas posições para 2020. Como resultado, o dólar recuou ante outras moedas.

“Dezembro foi um mês difícil para o dólar, mas o declínio ocorre após um forte novembro”, diz Kathy Lien, diretora-gerente de estratégias cambiais da BK Asset Management. “Em geral, 2019 foi um bom ano para o dólar, mas o pico foi no final de setembro, com as perdas se acelerando em dezembro”.

A força da moeda americana ao longo do ano responde à aparente resiliência da economia dos Estados Unidos em meio a um processo de desaceleração do crescimento mundial.

O presidente americano, Donald Trump, foi a público diversas vezes ao longo de 2019 para criticar a força do dólar ante outras moedas principais, considerando que isso tiraria competitividade dos EUA em exportações. O republicano utiliza da retórica cambial para pressionar o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) a cortar a taxa básica de juros do país, o que tende a depreciar a moeda.

“Para o futuro, a semana do Ano Novo é tipicamente mais movimentada para as moedas”, antecipa Lien, prevendo mais negociações nas próximas sessões.