O dólar se enfraqueceu ante a maioria das moedas fortes e emergentes nesta segunda-feira, 18, em meio ao apetite por risco no exterior, impulsionado por avanços nos testes de uma vacina para covid-19 e pelos processos de reabertura econômica em países da Europa e estados americanos.
No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 107,36 ienes, enquanto o euro avançava a US$ 1,0923 e a libra registrava alta a US$ 1,2200. O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante seis rivais, caiu 0,73%, a 99,665 pontos.
“Os investidores têm várias razões para se sentirem otimistas no início desta nova semana de negociação”, afirma Kathy Lien, diretora-gerente de estratégia de câmbio da BK Asset Management. O otimismo com o relaxamento das quarentenas no exterior foi impulsionado pelo anúncio da farmacêutica Moderna de que obteve “dados positivos” em testes iniciais com 45 pessoas para uma vacina contra a covid-19.
“O dólar está sendo esmagado pelo apetite por risco que floresce na esteira de notícias sobre vacinas contra o coronavírus”, escreveu em sua conta oficial no Twitter o analista Rich Dvorak, do Daily FX.
A libra, apesar de ter subido ante o dólar, recuou em relação a outras divisas. Na visão do chefe de pesquisa da London Capital, Jasper Lawler, “o prognóstico da crise é relativamente pior para o Reino Unido do que em outros lugares por causa do Brexit”. Hoje, a dirigente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) Silvana Tenreyo disse que “tudo está na mesa”, ao ser questionada sobre juros negativos no país.
Já o euro, segundo Kathy Lien, “disparou contra todas as principais moedas” depois que o presidente da França, Emmanuel Macron, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, anunciaram um fundo conjunto de 500 bilhões de euros para combater os impactos da covid-19.
Ante divisas emergentes e ligadas a commodities, o dólar caía a 23,7294 pesos mexicanos e a 18,3494 rands sul-africanos, no final da tarde em Nova York, mas subia a 67,8291 pesos argentinos. Na Argentina, o governo continua tentando renegociar a dívida externa com seus credores.
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