O dólar recuou ante outras moedas fortes nesta sexta-feira, 10, após os Estados Unidos terem detalhado as novas sanções econômicas que serão aplicadas ao Irã, em meio ao conflito entre os dois países. Além disso, a divulgação do relatório de empregos americano (payroll) de dezembro, que veio abaixo das expectativas, contribuiu para o enfraquecimento da divisa americana.

Perto do horário do fechamento das bolsas de Nova York, o dólar recuava a 109,50 ienes, enquanto o euro avançava a US$ 1,1123 e a libra esterlina caía a US$ 1,3059. O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de seis rivais fortes, fechou o dia em queda de 0,10%, aos 97,356 pontos, mas com alta semanal de 0,53%.

Segundo o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, as novas sanções aos iranianos atingirão os setores industrial e de construção, além de autoridades do país persa. Já o Departamento de Estado americano negou, hoje, o pedido do primeiro-ministro iraquiano, Adel Abdul-Mahdi, para que os EUA enviassem uma delegação ao Iraque com o objetivo de definir um mecanismo para a retirada das tropas americanas do país.

O payroll americano, por sua vez, mostrou criação de 145 mil novos postos de trabalho nos EUA no mês passado, abaixo da mediana das expectativas do mercado obtida pelo Projeções Broadcast, que era de alta de 159,5 mil vagas.

Em relatório enviado a clientes, a Oxford Economics avalia que, apesar da frustração com o payroll, “os dados mais recentes indicam que o mercado de trabalho continua a fornecer uma base sólida para os gastos de consumo” nos EUA.

Também na visão da consultoria, “a ameaça de conflitos geopolíticos e comerciais diminuiu um pouco, com os chineses confirmando que a ‘fase 1’ do acordo comercial entre EUA e China será assinada na próxima semana e com as tensões EUA-Irã diminuindo”.

Ante divisas emergentes, o dólar recuava a 18,8181 pesos mexicanos e a 59,87665 pesos argentinos, mas avançava a 14,3728 rands sul-africanos, no final da tarde em Nova York.