O dólar mostrou recuo em relação a outras moedas principais nesta sexta-feira, 27, à medida que os investidores realizam lucros e aguardam pela reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que ocorre na próxima semana.

Próximo ao horário de fechamento das bolsas em Nova York, o dólar caía para 109,06 ienes e o euro subia para US$ 1,2133. Já o índice DXY, que mede a moeda americana contra uma cesta de outras seis divisas fortes, fechou em leve queda, de 0,02%, aos 91,542 pontos.

Números robustos da economia dos Estados Unidos ajudaram a impulsionar a moeda americana e reforçaram o argumento de que o Fed pode elevar as taxas de juros em um ritmo mais acelerado neste ano. Nesta sexta-feira, o Departamento do Comércio informou que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu à taxa anualizada de 2,3% no primeiro trimestre, em um ritmo mais rápido do que o esperado por analistas, que apostavam em uma expansão de 1,8% no período. Altas de juros tendem a deixar o dólar mais atraente para os investidores em busca de rendimento.

Apesar do crescimento acima do esperado, os gastos dos consumidores mostraram o avanço mais modesto desde 2013, ao subirem à taxa anualizada de 1,1% no primeiro trimestre, em um resultado abaixo da alta de 4,0% no período entre outubro e dezembro.

Enquanto isso, a evidência de uma desaceleração na Europa se acumulou. O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, disse na quinta-feira que os formuladores de políticas precisam entender melhor o que causou moderação no crescimento econômico antes que possam decidir sobre o futuro do programa de compra de ativos do banco.

Já a libra cedia para US$ 1,3786 no fim da tarde, à medida que os sinais de desaceleração na atividade também foram sentidos no Reino Unido. O PIB britânico cresceu apenas 0,1% no primeiro trimestre em relação aos três meses imediatamente anteriores, enquanto analistas esperavam avanço maior, de 0,3% no período. Na comparação anual, o PIB cresceu 1,2% no trimestre até março, aquém da projeção do mercado, de alta de 1,4%. (Com informações da Dow Jones Newswires)