O dólar recuou ante outras divisas principais nesta quinta-feira, 18, reagindo aos novos sinais “dovish” emitidos por diferentes dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

Próximo ao horário de fechamento das bolsas de Nova York, o dólar cedia para 107,25 ienes, enquanto o euro subia a US$ 1,1277 e a libra avançava para US$ 1,2552. O índice DXY, que mede a força da moeda americana contra uma cesta de outras seis divisas principais, registrou baixa de 0,44%, a 96,794 pontos, abaixo da marca psicologicamente importante dos 97 pontos.

Ao longo desta quinta-feira, dirigentes do banco central americano deram declarações que foram interpretadas como novos sinais “dovish”, isto é, que indicam disposição por cortes nas taxas básicas de juros. Com o juro reduzido, a tendência é que a moeda americana se deprecie.

O presidente da distrital do Fed de Nova York, John Williams, afirmou que é preciso “agir mais rápido” para gerar estímulos econômicos, baseado em um estudo anterior. Williams argumentou que é preciso ser “agressivo” diante de um cenário adverso e que a política monetária deve responder com prontidão diante de casos de estresse.

Já o vice-presidente do Fed, Richard Clarida, disse em entrevista à Fox Business que a autoridade monetária deve tomar “medidas preventivas” antes que os dados econômicos fiquem “muito ruins”.

“O dólar se enfraqueceu à medida em que investidores aumentavam as apostas de um dólar mais fraco em meio às expectativas de cortes na taxa de juros pelo Fed”, diz um relatório do Western Union enviado a clientes.

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Na cotação da libra, deram força à divisa britânica desde a manhã comentários do principal negociador da União Europeia para o Brexit, Michel Barnier, de que pode haver um acordo alternativo entre o bloco e o Reino Unido sobre a questão fronteiriça envolvendo a Irlanda do Norte e a República da Irlanda. Fortaleceu a libra, também, a alta de 1,0% em junho ante maio nas vendas no varejo britânico, o que surpreendeu analistas.

O dólar ainda recuou a 13,8523 rands sul-africanos, apesar da decisão do Banco Reserva da África do Sul (SARB, na sigla em inglês), de reduzir a taxa de juros em 25 pontos-base, de 6,75% a 6,50% ao ano.


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