O dólar recuou ante a libra nesta quarta-feira, 4, mas avançou sobre outras divisas principais. Por um lado, o otimismo com a guerra comercial sino-americana afastou a busca por segurança. Mas, por outro, a geração de empregos nos Estados Unidos abaixo do esperado, segundo pesquisa da ADP, limitou os ganhos da moeda americana.

Próximo ao horário de fechamento das bolsas de Nova York, o dólar avançava a 108,90 ienes e a 0,8457 franco suíço. O euro, por sua vez, caía a US$ 1,1079 e a libra subia a US$ 1,3104. O índice DXY, que mede a variação do dólar ante uma cesta de seis rivais fortes, terminou o dia em leve baixa de 0,09%, aos 97,648 pontos.

O apetite por risco no exterior foi apoiado por uma informação da Bloomberg, baseada em relatos de fontes, de que Washington e Pequim estariam próximos de chegar a um entendimento sobre o volume de tarifas que seriam retiradas com a chamada “fase 1” do acordo comercial, apesar das tensões relacionadas a Hong Kong e Xinjiang.

A divulgação de dados da ADP no meio da manhã, no entanto, diminuiu o otimismo. Segundo a pesquisa, considerada uma prévia do relatório de empregos dos EUA (payroll), o setor privado americano criou 67 mil empregos em novembro, abaixo da expectativa de geração de 150 mil postos de trabalho.

Segundo Joe Manimbo, analista sênior de mercado do Western Union, os dados “agravaram preocupações sobre o peso da incerteza comercial na economia” americana. O Rabobank, por sua vez, afirma que o relatório da ADP “aumentou o nervosismo sobre a força relativa da economia dos EUA”, mas que o potencial de queda do dólar deve ser limitado “pela forte demanda subjacente”.

A libra mantém sua força devido a pesquisas de opinião que mostram vantagem do Partido Conservador, do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, na eleição geral de 12 de dezembro. Já o dólar canadense apreciou após o Banco Central do Canadá ter decidido manter a taxa básica de juros em 1,75% ao ano.

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O peso chileno, que alcançou mínimas históricas ante a moeda americana em novembro, tem mostrado recuperação. Hoje, o dólar recuou a 787,75 pesos. Há pouco, o BC chileno manteve a taxa básica de juros em 1,75% e sinalizou que não deve realizar cortes pelos próximos meses.

Ante outras divisas emergentes, o dólar recuava a 19,4703 pesos mexicanos e a 14,6169 rands sul-africanos, mas avançava a 59,8637 pesos argentinos, no final da tarde em Nova York.


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