O dólar caiu frente a outras moedas principais em geral, embora com pouco impulso, após a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. O dado mostrou que a inflação continua fraca, o que reforça a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) não terá nenhuma pressa em conduzir um aperto monetário.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 104,65 ienes, o euro avançava a US$ 1,2122 e a libra tinha alta a US$ 1,3830. O índice DXY, que mede o dólar ante outras divisas fortes, recuou 0,08%, a 90,371 pontos.

O CPI dos EUA subiu 0,3% em janeiro ante dezembro, segundo o Departamento do Trabalho, como previsto na mediana das previsões dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast. O núcleo do índice, porém, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, ficou estável na mesma comparação, ante expectativa de alta de 0,2%. Após o dado, o dólar perdeu força ante rivais.

A perspectiva de mais estímulo fiscal nos EUA continua no radar dos americanos. Além disso, hoje o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, realizou discurso. Em sua fala, Powell disse que o balanço do BC “terá o tamanho que for necessário” para apoiar a economia. Ele disse que há riscos de baixa no quadro atual, dizendo que a política fiscal “tem sido essencial” nesse contexto, mas lembrando que caberá aos políticos em Washington defini-la.

Sobre as moedas emergentes e commodities, a Capital Economics avalia em relatório que elas devem retomar um movimento de valorização frente ao dólar, mesmo se os retornos de bônus dos EUA continuarem a subir um pouco. A consultoria diz que o diferencial entre os juros de emergentes e dos EUA não deve aumentar muito, apontando também para a expectativa de que o apetite por risco entre investidores “continuará forte”, em um quadro de rápida retomada e de apoio monetário e fiscal.